Poemas de Kennedy Varão- A nova face da poesia Zedoquense

Kennedy de Oliveira Varão, nasceu em 29 de abril de 1988, em Bom Jardim -MA. É filho de Francisco Almeida Varão e Maria Santaninha de Oliveira Varão. Concluiu o ensino médio em 2009 na escola Bandeirante. Em 2010 fez o curso de técnico em biocombustíveis no Instituto Federal do Maranhão (IFMA), com conclusão em 2013. O fascínio pela literatura levou-o a cursar letras na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) campus Zé Doca. Em setembro de 2017 foi incentivado pelo terceiro Festival de Contos e Poesias da Universidade Estadual do Maranhão-Polo São Luís, e escreveu seu primeiro poema titulado ILUSÃO DE UM POETA, do qual foi premiado em primeiro lugar como interprete.
Kennedy Varão, define o gênero poesia como: “é uma bela expressão do homem, que de tão grande não cabe mais no seu íntimo e é jorrada para fora”.


ILUSÃO DE UM POETA

Provisoriamente te inventei e te fiz morada no meu pensamento
Joguei cartas ao vento espalhando-as por uma longa distância
Para encontrá-la, despojei-me da ignorância
Conservei o meu caráter e revivi o tempo de infância.

Então...o teu alvorecer alegrou-me, acelerando meu coração
Tu vens e assassina as minhas criações levando-me a realidade
E com um leve olhar me transporta para um mundo sem volta
Tornando-me um simples poeta, comprovando a veracidade.

No silêncio da madrugada tento não rasgar meus últimos versos
E como a alvorada a senhorita vem e desperta a minha fé
Sei que também deves admirar a minha perseverança
Depois de uma noite de batalhas ainda permaneço de pé.

Pois tua formosura é o combustível que me alimenta
E ao vê-la partir, um manto sobre mim ofusca a visão
A Saudade vem e abraça-me, a angústia faz-me companhia
E tudo me faz lembrar de vós, fazendo-me ter uma decisão.
Disperso-me da timidez e vou ao teu encontro

Pronuncio palavras bonitas dignas de um homem apaixonado
Porém, a senhorita leva-me ao julgamento
O juiz é o tempo, que me deixa angustiado.
E o que eu mais temia você me dá de sentença

Matando os meus sonhos e sentimentos sem confissão
Deixando compreensível a frase: “seremos apenas amigos”
Tornando o que era tão bonito, apenas uma ilusão.

                                                                                        Kennedy Varão




PÓ DA TERRA

Do pó da terra nasceu uma alma vivente
O conhecimento surgiu e matou os inocentes
Multiplicou-se a luz irradiante
O que fizeram os teus descendentes?

Criaram asas e voaram sem rumo
Outros no chão ainda plantam sementes
Da cobiça se faz uma guerra
Que gera lagrimas nos olhos ardentes

A arma que sai da boca mata muitos
Um homem perdido e carente
O criador construiu uma ponte
Porém, por ela passa pouca gente

O tempo não espera
Enruga a pele e a garganta dá um nó
E o que era um ser vivente
Volta a ser pó.

Kennedy Varão

Comentários

  1. Grande e talentosa revelação dos talentos da cidade de Zé Doca . Feliz em testemunhar este momento

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    1. Obrigado! Sua participação e comentário nos deixa feliz. Vamos juntos divulgar nossos talentos, a cultura de Zé Doca é rica, promissora e deve ser valorizada. Avante!

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